quem sou eu

20.3.08

nube

Aprì la porta di casa, tutto era silenzio. “Ecco” pensò “la casa è vuota”. Entrò nel bagno e fece una doccia. Dopo la doccia, ancora nuda, spense la luce, chiuse la porta della sua camera anche se sapeva che non c´era nessuno lì. Mise il disco che prese in prestitto dal suo migliore amico, un duo di clarinetto e chitarra classica. Si sdraiò sul letto e sentì tutto il disco mentre pensava nelle onde sonore, nelle dita sulle corde, nel soffiare che veniva dal cuore, nella musicalità dei suoi pensieri.

Chiuse gli occhi. Si ricordò delle notti che passava a casa del suo ultimo amore. Quello che dormiva nudo e si svegliava sorridendo ormai i suoi occhi non erano ancora aperti. Prima di addormentarsi, a lui piaceva sentire la musica che veniva dalla chitarra e del clarinetto, fusi tutti i due insieme, a fare um bordello delizioso.

Pocche lacrimme le hanno bagnata. I ricordi ognitanto vogliono che il cuore dica alcune belle oppure tristti parole. Decise di fare una copia del disco per spedirglielo. Sul disco, verrà scritto: “Ascoltalo nudo al buio”’.

Per Maria

Se la vita fosse una canzone, canterei con tutta la voglia che l´amicizia è como un fiorellino che si sboccia quando viene la primavera, che sa il valore di una stagione, che gode i profummi portati dal vento.

Nel ritornelo ripeterei che l´amicizia conosce la durata di un tempo, sa che i periodi distanti sono fatti d´inverno, nebbia bianca coprendo la vita, parole ghiacciate dalla pioggia di neve.

Come una canzone d´amore, direi che l´amore di un amico non muore mai, riposa quando il tempo non lo permette di vivere con intensità e respiri profondi, si sveglia appena vede la luce, strizza la sua rinascita appena ascolta la voce soffiata dall´altro cuore che gli pensa.

E come una vera canzone, non sarebbe mai finita. Una volta cantata resta incantata per più di una vita.

11.3.08

vira dança magia




dançaria por toda a vida
deixaria a música tê-la invadida
celebraria a cada dia
a sabedoria de cada cantiga
de cada passo que ocupa o espaço
na roda onde seu corpo gira.

o sanfoneirinho

tem coração que toca
com a delicadeza das mãos
tem o balanço das ondas
que soam dentro de cada nota
tem nos olhos - quando os fecha,
a sutil beleza
da música que vagueia
por todos os cantos seus.

nuance

Abriu a porta de casa, tudo era silêncio. "Ufa!" pensou "a casa está vazia". Entrou no banho e depois do banho, ainda nua, apagou a luz e fechou a porta de seu quarto, mesmo sabendo da ausência de pessoas por ali. Colocou o disco que pegou emprestado do seu melhor amigo, um duo de clarinete e violão. Encostou a cabeça no travesseiro e ouviu o disco inteiro, pensando nas ondas sonoras, nos dedos sobre as cordas, no sopro que vem de dentro, na musicalidade de seus pensamentos.
Fechou os olhos. Relembrou suas noites na casa do seu último amor, daquele que dormia nu e acordava sorrindo, dando risadas de olhos ainda fechados. Antes de dormir, ele gostava de ouvir o som do violão e do clarinete juntos, numa algazarra sem fim.
Chorou poucas lágrimas. A lembrança faz o coração dizer algumas palavras tristes e tão bonitas às vezes. Decidiu fazer uma cópia do disco e enviá-lo pelo correio, e na capa com os nomes dos músicos escreveu: "Escute-o nu, no escuro".

na consulta

Sentada com as pernas cruzadas bem em frente ao seu terapeuta, ela perguntou ousadamente:
- Já se apaixonou por alguma paciente tua?
Ele olhou para o lado, depois voltou seu olhar para ela e devolveu a pergunta com um sorriso no canto da boca, aproximando-se de seu semblante:
- E você, já se apaixonou por algum de seus alunos?
Com o sorriso de lábios fechados, ela nem hesitou:
- Já!
- E então? o que aconteceu? - perguntou ele com interesse.
- Nada! - veio a resposta leve junto com um levantar de ombros.
- Mas...a paixão não foi declarada? - quis saber ele enrrugando a testa.
Com um risinho suspirante e uma longa piscada, respondeu:
- A paixão é declarada a todo momento quando se a tem. Nem sempre em palavras, talvez muito menos em palavras, o olhar sabe dizer. Basta que o outro saiba decifrar e receber o sentimento que escapa pelos olhos. Então, já não depende mais de quem entrega tudo aquilo, mas de quem recebe, se é que recebe, se é que quer receber.
Ele, um pouco perplexo diante da resposta disse olhando pra baixo:
- Muito bem. Nos vemos na próxima semana, espero que você volte.
- Sim. Até logo.

Ela saiu pela rua pensando em telefonar a um amigo que queria ver. Não conseguiu encontrá-lo em casa e não respondeu ao celular. Desceu a ladeira pensando que os homens, independente de seu tamanho, vão sempre baixar os olhos para uma mulher que sabe o que quer.