quem sou eu

25.9.06

adjetivo de posse

o egoísmo não vale a pena. como livrar-se dele, quando aparece de mansinho, no momento mais inoportuno?! a princípio nem é identificável, você sente uma coisa forte e bloqueada, uma birra amarrando o coração e fazendo um nó na garganta, você fica mal-humorado por não conseguir ter seu ego alimentado por aquela vontade íntima, própria e única.
há quem conviva bem com essa espécie de adjetivo de posse para o eu, típico do ser humano que admira o umbigo e vive voltado pra ele mesmo. são insuportáveis e reconhecidos à distância. há quem reconheça o egoísmo batendo na porta e consiga deixá-lo do lado de fora, assim ele logo desiste e vai embora. mas há momentos em que ele te invade freneticamente, arromba a porta de entrada e passeia por algumas horas na sua casa. ah sim, leva umas horas também colocá-lo pra fora, livrar-se dele com serenidade. e ainda resta um ar de coisa ruim que passou e causou algum transtorno.
bem, mas depois vem a reflexão do porquê dessa impulsão invasiva, a causa de ter-se deixado o intruso se apossar...essa etapa é que te faz amadurecer e perceber que existe o outro logo ao lado. que muitas coisas não são feitas só por você e nem pra você, depende da disponibilidade de outros seres (humanos ou divinos) e que você não é o centro do mundo que vai ter tudo o que quer. nem deveria, senão conviveria com o egoísmo continuamente, sendo saciado a todo instante.

Nenhum comentário: