quem sou eu

12.11.07

cartas com amor

" "Chiara é, sem dúvidas a mulher mais extraordinária que possa ter entrado na minha vida" foram frases por mim escritas numa carta que acabei de enviar a um grande amigo antes de vir aqui escrever-te.
Não é uma frase de efeito para vangloriar alguém, nem um modo de dizer algo de bonito pra deixar o outro feliz ou mesmo exaltar algo bom que sinto dentro de mim. É somente assim na minha cabeça, claro, forte e simples. Tu, Chiara, não saberás jamais o que trouxeste para minha vida e me fazes rir quando tu me dizes que tenho tanta daquela energia quando faço música ou sorrio. Foste tu quem a deixaste muito mais segura e larga dentro de mim. A maior beleza mesmo é que esta energia tão presente e real em nenhum momento se torna presunçosa, mas traz-me sempre tranquilidade, quando estou sentado tocando e sorrindo, mesmo se tu não estás lá, quando estou cozinhando lentamente aquele ragú que tanto fazia quando tu tavas aqui...este é o presente mais bonito que alguém poderia ter-me dado - um tanto de confiança no meu próprio corpo e o mais incrível, deixar-me ir completamente.

Agora exagero.

Escrever-te ultimamente é como escrever a deus, com a intimidade e a sinceridade que a ninguém mais um dia concedi. Contigo posso contar tudo com espontaneidade e eu escreveria tudo até amanhã e ainda te sussurraria minhas histórias inventadas, somente pra ti...

Agora paro de exagerar.

Aquilo que tu me escreves é música que ressoa de todos os ângulos e acho que ninguém me toca suas canções com tu as tocas. Eu penso em ti de todas as formas possíveis, sem limites, ou sem vestidos..
Estes dias comecei a escrever-te outras cartas e espero que elas cheguem antes que dois anos se passem!
Também procuro levar-te em meus passeios pelo parque perto de casa, como quando olhávamos pra água, pras gaivotas e patos à beira do lago, sob esse céu azul de milagres em novembro, laranja de nuvens ao entardecer de outono. Depois abro os olhos e esqueço de sonhar.
Carrego-te aqui dentro, sempre intacta assim como certas flores que florescem somente depois de cem anos.

Despeço-me então, com este abraço longo longo,

com beijos em teu corpo,

com tantas outras coisas.

Do teu admirador secreto,
A."

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