todas as noites segue aquele choro contido de quem quer amar demais e nao consegue deixar o peito livre da dor. escorre uma lagrima, escorre a saudade de uma beleza que ficou longe, sentindo-se pequena, embora nao saiba o espaco que ocupa nessas noites de meia lua. deixar pra tras o que esta' no coracao nao simplifica a intensidade da ausencia. um vacuo. uma vastidao. um deserto. um clarao que cega os olhos. o branco que nao deixa cor transparecer. um fica. outro parte. quem leva a escolha assume a tristeza lentamente, raramente sabe se a carrega nas maos ou se nela deita e espera o dia amanhecer. com os punhos cerrados nao quer aceitar a mudanca que caminha embaixo dos pe's. quem assiste a escolha permanece calado. observa com alguma dor, eleva as maos ao alto e talvez ore, talvez chore.
ambos esperam a saudade ir-se com o vazio do tempo que ocupa no peito um espaco tao maior que o imaginado.
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