Olhos d´água
do animal feroz que passa
e num piscar ameaça
quem detrás
dos muros da praça
se esconde na sombra
e finge que não vê
os olhos famintos
do andante que traça
sua saga de fome.
A pele enrugada
com vigas profundas
riscaram seu caminho
ao longo da face
de sol a sol
e em dia de chuva
a mesma busca
a incessante procura
do alimento
que lhe dá a cura.
Que mofe a fome
de alguém sem nome
que nada come
e no vazio some.
Nenhum comentário:
Postar um comentário