Água benta. 
Pura e iluminada. 
Lava um coração imperfeito. 
Leva consigo manchas de impurezas, 
dores incolores. 
Veste-o como uma luva 
protegendo do frio. 
Salva-o de sua cor rubro sangue, 
inundado de inquietações.
A completude de um ciclo; 
a conversa franca e alva 
como a água preenche os caminhos 
que circundam o labirinto interno.
 A boca pede mais que sorrir. 
Saber falar 
de dentro
daquilo que se sente, 
de tudo que não se entende, 
não se declara. 
De sensações truncadas. 
De desgosto amargo. 
De tristeza sem culpa.
O movimento pede uma cadência, 
momento da água se espalhar
deixá-la circular 
em abrangência, a todos os lados rolar.
Tempo de limpeza clara, 
como lençol molhado no varal tomando vento.
 
Um comentário:
Achei! Hehehe... Parece bastante com meu blog. Beijos
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