quem sou eu

5.5.11

Queria com as palavras mais bonitas e sinceras, com a ajuda da alma,com a sutil calma que pousa num coracao feliz agradecer a vida, que tanto e de tudo nos da'. Hoje nao posso. Quando olho pela janela do trem passante, as ruas desertas, as casas sempre com as cortinas fechadas, os quintais vazios, os portas fechadas; as poucas criancas que caminham nas calcadas, raras senhoras a comprar o pao, nenhum velhote no bar, existira' alguem com uma rotina normal andando em direcao 'a lanchonete ou a banca de jornal...hoje nao consigo agradecer porque a dor no coracao e' tao grande que ofusca o brilho de qualquer luz. Tudo pode sempre ser mais simples, os mesmos lugares, os mesmos amigos, mas como estao ausentes as coisas queridas? Moro aqui, dentro de mim mesma, onde encontrarei os sonhos da verdade nos meus olhos caidos?
Com as maos e um punhal, ferida. Nao ha sangue, beleza rubra esta' escondida. Cantando so', como uma cigarra, sobrevivente de uma noite sem lua, para renascer queira entoar uma serenata? Nao sei ao certo que dor e' essa, que vontade de viver em cada flor e no entanto parece chuva que castiga. Nao quero ressentir sem agradecer, por tudo, por tanto amor, por cada petala, mas hoje perdi o encanto.

Nenhum comentário: