bem dentro dos olhos ele me olha
com vontade de carinhos que não fez
com desejos insinceros que não afagou
--sinceros a si mesmo--
invisível a outros olhares
e portanto fantasma para quem não os pode ver
amar e esconder
é feito chuva no sertão,
nunca basta.
não sei qual dor dele se apossa
de nunca poder dizê-la
fico esperando que pronuncie
mas não o quero fazer temer
a sua verdade é aquela que é
aceitar nem sempre brota na alma
há quem aceite receber,
há quem aceite doar.
eu não sei como fazê-lo feliz
e notar que nada em mim desconfia
muito além,
vê a alma passiva.
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