Na chegada, flores
Na janela, poucas cores
Na poltrona, o choro continuo
No chao, o frio superfluo
Num quarto, o silencio
No outro, o cheiro
Na banheira, o ressentimento
Na pia, melancolia
No chuveiro, lagrimas
Na lareira, aspereza
Na geladeira, a crueza
No fogao, o fastio
Na cortina, o brio
Na cama, sono lento
No travesseiro, um acalento
No sonho, tome tento
Na manha, um novo dia
No olhar, o seguir da vida.
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