quem sou eu

4.1.07

o buraco negro de paris iluminada

Todos os dias dicutimos sobre a podridao escondida na veias da cidade perfeita. Ideal de beleza, tudo bege e marom, placidez, linhas infinitas, luzes pra deixar a rua bem amarela refletindo a palidez das pessoas como se elas tivessem que ser vistas a todo momemnto, como se seus rostos fossem tao perfeitos que devessem estar clareados por holofotes magnificos. Mas a beleza nao nutre a verdade qe aparecem nos rostos mais negros.

De dia, na mesa de casa ou a noite na mesa do bar, a gente fala da xenofobia deste povo icone da filosofia, quem pensa sao os franceses, quem cria reflexoes mirabolaveis e faz auto-critica no cinema, com dialogos interminaveis, sao eles, que conhecem sua perversao, sua vontade de mandar os nao-franceses pra bem longe de suas portas. A gente repara e observa com o canto dos olhos o guarda estupido segurando forte no braco da negra, que implora pra voltar logo pra casa e cuidar da familia, enquanto o cara branquelo fica tentando mostrar que seu bilhete de trem esta' vencido e que isso e' o fim da picada.

Os negros tem expressao de batalha, de vida bem dividida, apesar de estarem lado a lado no banco do metro. as filas nos orgaos das embaixadas sao interminaveis e o sorriso insincero vem macio quando nao se quer fazer nada pela condicao do outro: je suis desolle'...e com tantos caminhos dificultuosos, os nao franceses querem viver aqui, porque a cidade e' quase perfeita se nao fossem os preconceitos humanos, porque ela oferece grana e faz muita grana flutuar, porque mais que a gloriosa arquitetura palacesca e toda uma tradicao monarquica, paris gera emprego e proporciona conforto pra quem estava acostumado a dormir na terra vermelha.

a contradicao esta' em toda parte, e os bairros do alto estao repletos de outros que nao os brancos e loiros. e os bairros nos altos sao cheios de vitalidade e originalidade, tem burburinho, tem cor de gente que anda na rua e te olha de vez em quando. tem produto com preco justo, tem atendente que te responde na sua propria lingua, com muito prazer.

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