depois de um inicial estado de observacao e constante questionamento sobre a paris mais bela de todos esses tempos, veio a perplexidade, o encantamento, a completa absorção da beleza limpa e clássica parisiense. certamente a beleza nos faz apaixonar, nos coloca em estado de êxtase passível, no qual abre-se os olhos somente pro deleite e fascínio de tudo que reflete com brilho no olhar.
sim, certamente a cidade tem sua forma mais sofisticada e inevitavelmente te envolve em seu cenário iluminado..durante todo esse tempo eu vivi todas as fantasias possíveis enquanto caminhava pela garoa fina. No meu último dia em paris eu deixei o cachecol em casa, precisava sentir o ar fresco roçando no meu pescoço, precisava deixar o colo sentir os últimos momentos de estar naquelas ruas sozinha, alimentando as vistas de um explendor exuberante, o que talvez não seja mais que perfeitas construções arquitetônicas.
estar na europa te faz dar um valor imenso à matéria, o que até certo ponto pode ser positivo, quando se tem em mente a criatividade e habilidade de tudo o que o pensamento foi capaz de concretizar. mas pra se sentir mais humano é preciso esquecer um pouco toda essa matéria também feita de ouro. pra quem todos os dias acorda e sai pra rua com tudo isso diante de si, talvez seja quase incompreensível o ato de despir-se dessa verdade.
em algum momento do dia preciso fazer a reflexão de que a alma continua valendo mais. senão a casa cai e o que pode restar são tijolos duros, pesados e antigos no meio do teu chão.
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