quem sou eu

28.11.08

Sucinto

restinga
dentro da seca
na crua incerteza
que a mente alimenta

respinga
amargura de outros solos
sedentos de dignidade,
amor, decência

retinta
a pouca luz
que aos olhos resigna
pavor, estupor

novamente a restinga
baixa e rasteirinha
surge lentamente
entre grãos e selvageria

calmamente restinga
nos olhos diante da dor
suscita mais um ciclo
e ressucita amor.

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