em Terra de Santo
o amor que o peito nao pode sentir
quer morrer
pra ascender-se no divino
ser apenas luz piscante
breve, distante, micropartícula
em Terra de Santo
a flor quer murchar em lentidão
pétala a pétala secando
e perdendo a cor
pra não deixar nenhuma rosa
perfumar o vento
em Terra de Santo
o vendaval vai inundar o buraco
onde todos que ali se protegem
terão de sair um a um
mas serão abençoados com
a chuva incessante
em Terra de Santo
hemos de partir solenemente
seguindo a carruagem da vida
amando quem nos é concedido
no presente que se lança ao
futuro ainda incerto
em Terra de Santo
hei de permanecer
sem memória
sem rancor
sem passado.
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