quem sou eu

11.4.13

Regresso IV

seria a vez de um encontro que não quer deixar-se encontrar?
todos os anos, pelo menos uma vez, pelo menos duas vezes, aquilo que não se vê quer vir de encontro com aquilo que não se toca. é tudo tão abstrato e ao mesmo tempo tão insuportável.

relendo, se reconhece. em palavras de conforto, de passagem, de partida, de chegada, de intuito revelador, de castigo desonesto. tudo que é possível de se reinventar e não ter coragem. reinvente se esconder no mato, tentando protejê-lo. reinvente cuidar das crianças miseráveis, alimentando-as. reinvente curar os doentes tocando sua música. reinvente acordar às 5h30 para meditar. reinvente sua respiração, sua vontade de se doar, de se tratar, de se amar.

seria amor, ou falta de?

amor não falta, se esconde. de quem. de quê.
nada está pronto. tudo fora do lugar. e se o que estiver pra fora, não couber dentro. seria esse o dilema. não, não seria. não é. não pode ser. o encontro que não quer deixar-se encontrar. "buraco velho tem cobra dentro", o que fica lá fazendo, importunando, impertigando ou só vivendo no escuro. querendo dar o bote, ou só vivendo.

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