quem sou eu
29.6.06
pescadores de goeldi
abre os olhos de um sonho não vivido
acorda pra luz abençoar seu dia
ergue um corpo ainda sonolento
raios de sol
no travesseiro de quem ama
Primeiro Elemento
Incendeia o fogo de um olhar, estás em chamas e nenhum piscar pode diminuir este brilho incessante.
Transpira de ardor na face, ofusca o branco do céu e clareia a retina de quem ama.
O fogo é o elemento que cria e que também devassa. Se propaga em um segundo, arrasta consigo toda matéria contida no espírito, domina a paixão em furor, arranca a pele da superfície que protege. Queima a dor de uma distância transparente, sem cor por não ser tocada.
Não podes tocá-la pois ela é água, ameniza o fogo, abranda-o, transforma o laranja carmim em cinza de pó que restou. Não, a água não pode inundá-lo neste momento, vai naturalmente escorrer para a terra que lhe dá sustento.
Aqueceste a paixão de uma lenda que criaste pra viver assim, recontando-a para tua própria sombra certeira. É a história que relês a cada dia ao despertar os olhos de sonhos noturnos, é um mito que explica a razão de erguer-te em direção à luz.
Um mito encontra tua existência no outro plano de uma vida não semeada, no entanto, demasiado sonhada. Acalenta uma alma inquieta, ávida por realidades intocadas e permite que o personagem se encante com sua própria voz. O dá liberdade para agir com todos os ímpetos de um coração que não é o seu.Vives o mito fora dele, sabes bem. Assiste tua musa sorrir. Sorri para que ela o veja do palco que é só dela. Fizeste bem em aplaudi-la, ela quer o seu conforto. Mas não o estalido de tuas brasas. Nem tampouco o calor disforme a invadir seu chão.
Transpira de ardor na face, ofusca o branco do céu e clareia a retina de quem ama.
O fogo é o elemento que cria e que também devassa. Se propaga em um segundo, arrasta consigo toda matéria contida no espírito, domina a paixão em furor, arranca a pele da superfície que protege. Queima a dor de uma distância transparente, sem cor por não ser tocada.
Não podes tocá-la pois ela é água, ameniza o fogo, abranda-o, transforma o laranja carmim em cinza de pó que restou. Não, a água não pode inundá-lo neste momento, vai naturalmente escorrer para a terra que lhe dá sustento.
Aqueceste a paixão de uma lenda que criaste pra viver assim, recontando-a para tua própria sombra certeira. É a história que relês a cada dia ao despertar os olhos de sonhos noturnos, é um mito que explica a razão de erguer-te em direção à luz.
Um mito encontra tua existência no outro plano de uma vida não semeada, no entanto, demasiado sonhada. Acalenta uma alma inquieta, ávida por realidades intocadas e permite que o personagem se encante com sua própria voz. O dá liberdade para agir com todos os ímpetos de um coração que não é o seu.Vives o mito fora dele, sabes bem. Assiste tua musa sorrir. Sorri para que ela o veja do palco que é só dela. Fizeste bem em aplaudi-la, ela quer o seu conforto. Mas não o estalido de tuas brasas. Nem tampouco o calor disforme a invadir seu chão.
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