quem sou eu

28.1.11

"aquilo que você procurava e não podia encontrar, era simplesmente luz"

novamente as palavras doces que acariaciam chegaram pela carta por ele escrita. a luz de que são feitos os longos dias, aquela que entra logo cedo pela janela, que permanece, depois clareia a casa, os olhos quase se ofuscam, preenche tudo como se fosse uma alegria natural, não vai-se embora, nem quando a noite se aproxima, aquece, deixa tudo mais leve, mais vivo, mais brilhante.

depois ele falou da música.

"vi dentro dos seus olhos o amor e respeito que nutre por ela, coisa que não tinha percebido há uns 4 anos atrás, quando te conheci"

naquela época o amor à música era algo mais puro, menos latente, como se adorasse um santo distante, não conseguia tanto tocá-lo, embora o fizesse vez e outra. com o passar dos anos o amor ficou incondicional e de dentro veio brotando, e a curiosidade de experimentar os sons já não mais podia ser guardada dentro.

"faço preces pra ti, nem sei bem rezar, mas tudo que penso com admiração, com tão grande afeto não encontro outro nome senão oração para desejar-te o bem"

quanto uma pessoa pode oferecer-te com o coração, é um bem tão precioso que dá pra sentir a brisa tênue soprando no ouvido, a abundância de luz que faz a vida ser plena a cada novo amanhecer.

obrigada amigo zingaro.