quem sou eu

23.8.14

Terrazza paradiso

era una
erano due
furono tante volte
fuocchi di artifici
dalla finestra all'universo
sospiri all'orecchio
una canzoncina che leggermente
si propagava insieme
ai loro respiri

c'era il sole
c'erano le nuvole
furono le stelle
brillanti e scintillanti
che gli rapportavano ovvunque
dalla stanza al pianeta
più lontano
in secondi tutto ciò perpetuato 
per anni

una piccola terrazza
una grande terrazza
tutte le due parevano le stesse;
erano il paradiso
di due amanti
che di giorno godevano
e di sera si nascondevano 
sotto le coperte
nudi, al buio.

20.8.14

Olhos de lince

o que nele sorri
sao os olhos
felicidade de menino
contagiante
brincante
espontanea

o sorriso é o que
fala por si
e se revela 
fotografando
dançando
fluindo

uma alma cheia de cor
e suas perguntas sobre
o que cantam
tom zé e macalé

lança o olhar;
parece mel na luz da manhã -
doce e irresistível

amanhã no parque? ele diz
depois conta que correu
mergulhou e
meditou

fez tudo sozinho
ou acompanhado da letra A,
seu par de olhos de lince.



















Arboles Magicas

Saudade
risca no peito
rasga um pedaço da carne,
do corpo, da alma.
a dor apropriando-se de um espaço
de aço, nas pernas um cansaço -
como o vazio que a morte ocupa,
imenso vácuo feito de vento -
tormento, calma e pouco além.
um dia plantaram uma semente,
cresceria a árvore do desapego
verde como a sabedoria
e nela se subiria sempre que o tempo
se fizesse soberano.
seu tronco porém, alongado se fez
suas raízes bem profundas
e sua copa, lentamente o céu beijou.
nela um corpo se moldaria
sobre firmes galhos da não lembrança,
para que não se sentisse dissabor
de qualquer memória distante.
Contudo, essa árvore
que um dia ousara ser plantada no meu jardim,
está intacta
quem nela se empoleirar
há de sorrir que toda uma saudade
ofuscar-se-á como a visão quando
na luz do sol penetra;
quem nela subir, há de se considerar
um vitorioso das saudades bruscas
que batem como ondas
de ressaca de um temporal.
E sem qualquer aparato,
sem cordas, escadas,
caixotes sobre pedras,
ou pano esticado,
a não ser pelos próprios braços,
quem nela um dia estiver,
lá no alto, há de ter o aconchego
como num passe de mágica,
de sentir saudades com moderação-
uma pitada de paz pra um coração.