si puede mirar el cielo con sus cores rojas y blu en el entardecer...
A cidade tem um brilho das luzes que iluminam as largas avenidas. Imensas calçadas para os pés incassáveis, curiosos, descendo as ramblas, passando por praças, todas elas um tanto desertas, abandonadas pelo frio. A famosa cidade de encantos e movimentos está mais silenciosa nessa época, o metrô segue bem frequentado, cheio na maioria das vezes, mas nas ruas são poucos - os que precisam de mais ar fresco para sentir a vida, os que se iluminam das luzes dos enfeites de natal.
Ou aqueles como eu, que andam com os olhos voando pelos altos das janelas, todas mágicas com sacadas e pequenas varandas charmosas. A arte de Gaudi invade a arquiteura barceloneta, são formas arredondadas, mosaicos, cercas e bancadas que parecem croché feito à mão. Não existem casas, cidade feita de pequenos prédios, muitos, uns colados nos outros, mas todos simétricos, obedecem a uma ordem, ocupam o mesmo espaço nas quadras.
As esquinas não são esquinas, não existe ângulo de noventa graus, prevalece a curva, o que não é linear, o que pode ser mais flexível e não chocar-se com a linha de frente. As ruas com menos calor humano neste início de inverno, preenche-se de música, há sempre aqueles se sentam em alguma praça mais movimentada e fazem florecer sons de seus intrumentos. Há um cara branquinho que parece um russo e toca um bandolim redondo, fazendo uma voz que vem de uma garganta comprimida e uma força do tórax, sua voz é única, seu canto cheio de graça e intensidade, ele está sempre envolvido com sua música folclorista, enquanto sua caixinha de moedas vai sendo engordada pelos passantes e admiradores.
Os espanhóis são criativos, coloridos, vestem cores, desarrumam seus cabelos, pintam as paredes, riem com seus amigos e não pedem licença pra passar, mas também não te empurram, nem te incomodam, nem reclamam. Vivem assim, numa boa e com muito vinho e cerveja na mente!