quem sou eu

10.7.08

espaco tao maior que o imaginado

todas as noites segue aquele choro contido de quem quer amar demais e nao consegue deixar o peito livre da dor. escorre uma lagrima, escorre a saudade de uma beleza que ficou longe, sentindo-se pequena, embora nao saiba o espaco que ocupa nessas noites de meia lua. deixar pra tras o que esta' no coracao nao simplifica a intensidade da ausencia. um vacuo. uma vastidao. um deserto. um clarao que cega os olhos. o branco que nao deixa cor transparecer. um fica. outro parte. quem leva a escolha assume a tristeza lentamente, raramente sabe se a carrega nas maos ou se nela deita e espera o dia amanhecer. com os punhos cerrados nao quer aceitar a mudanca que caminha embaixo dos pe's. quem assiste a escolha permanece calado. observa com alguma dor, eleva as maos ao alto e talvez ore, talvez chore.
ambos esperam a saudade ir-se com o vazio do tempo que ocupa no peito um espaco tao maior que o imaginado.

9.7.08

" a musica nao precisa se parecer com nada, a nao ser com ela mesma, uma expressao do que esta' no coracao em cada momento" - em Nota Preta de Mo Toledo.

2.7.08

o que é querer o quê da vida

não quero que muito menos o papa venha me fazer essa pergunta tentando insinuar algum moralismo. a preocupação dos homens deveria girar em torno do bem estar coletivo, da preservação à natureza, da sanação da miséria, do fim à crueldade carnal e logo espiritual. O que querer mais além de aprender para poder ensinar? ensinar é disseminar. disseminar é espalhar sementes, que por sua vez é plantar. se planta se colhe. há beleza maior que essa?
mas hoje não há beleza neste pensamento. não cabe a poesia de viver porque também é preciso questionar umas coisas mesquinhas que saem das bocas de alguns seres. nem todas as pessoas tem o mesmo olhar sobre vida. não mesmo. algumas querem o quê quando outras sabe-se lá o que querem..e mesmo não sabendo o quê exatamente poderiam ao menos respeitar as escolhas.