quem sou eu

28.11.08

Sucinto

restinga
dentro da seca
na crua incerteza
que a mente alimenta

respinga
amargura de outros solos
sedentos de dignidade,
amor, decência

retinta
a pouca luz
que aos olhos resigna
pavor, estupor

novamente a restinga
baixa e rasteirinha
surge lentamente
entre grãos e selvageria

calmamente restinga
nos olhos diante da dor
suscita mais um ciclo
e ressucita amor.

2.11.08

Essência


como se estivessem deitados diante de um céu estrelado de possilibidades, universo de brilhos se acendendo e apagando-se constantemente, cada luz uma via, uma vontade, um caminho. no escuro azul do cenário de fundo, os mistérios, o que cada escolha reserva dentro do seu percurso, o invisível, pouco previsível. cada vez que uma porta se abre podem ser eternas e infinitas as andanças e as descobertas.
de olhos fechados parecem intuir a estrela que os chama, que pisca e reluz a sabedoria do instante. mas dentro da retina encoberta pela escuridão das pálpebras, dormem sonhos distantes, amores intocados no pedaço de terra que deitam seus corpos. cabeça unida com outra cabeca, unidas e separadas, cada olho que se abre mira uma estrela diferente, cada palavra que pronunciam emite um som e outro tom. eles sonham em mundos diversos, tentam fazer suas estradas se cruzarem, procuram o brilho raso, a preciosidade da essência.

1.11.08





leaves living loneliness,
lying lounged longevity
lighten and loosen
lovable, lusty, lyric lives...