quem sou eu
12.9.10
Enlaçado
solta as correntes da vaidade
verdade estampa na pele
os laços que apertam
se desamarram
cada nó uma sentença
em cada quadro de grade
um trecho de liberdade
libertinagem é Bandeira
se carrega com braços abertos
para além da cerca,
passos descompassados
o caminho fora dos trilhos
longe dos canteiros
as rosas
o perfume
espinhos que não ferem
véu acerca dos sonhos
rendado
se tinge de pérola
farpas desprendem-se
dos fios de arame
faça-se passar
pouco ou nada arranha
tá vindo?
- tô vendo o céu.
6.9.10
Variaçao de tema
que a clareza do mar
venha trazer pedras
para no futuro lancar
brisa marinha
de espuma e sol
agua com vento
sal e sombra
quem vê o mar
sabe o gosto que tem
amar
fita o horizonte
barco a vela
vida a navegar
Pessoa dizia um dia:
"Navegar é preciso"
rimaria também com
viver é impreciso
já que viver
é sempre um risco.
venha trazer pedras
para no futuro lancar
brisa marinha
de espuma e sol
agua com vento
sal e sombra
quem vê o mar
sabe o gosto que tem
amar
fita o horizonte
barco a vela
vida a navegar
Pessoa dizia um dia:
"Navegar é preciso"
rimaria também com
viver é impreciso
já que viver
é sempre um risco.
No semblante da noite
- Vim só pra te ver essa noite, você sabe disso nao é?
Ele olhou pra ela com olhos profundos e castanhos, não esperava por aquele comentário, nem tampouco supunha a reaçao que nele causaria logo de imediato. E numa resposta que nem era resposta mas continuação da conversa que ela iniciou, desabafou:
-Eu penso em você às vezes viu? Aliás muitas vezes e fico lá pensando, pensando. Mas logo me vem a realidade a toda, aquelas outras vozes separando as fantasias e aí deixo tudo escapar.
-Eu tive um sonho - imendou ela. - Acordei dizendo teu nome alto e forte e de repente aquela outra voz da realidade também me disse: Ei, mais baixo aí com toda esta sonharia!
Risos. Riram a felicidade do sentimento mútuo. Ela acrescentou:
-Pelo menos não surgiu a pergunta: Mas o que você sonhou exatamente? Ufa, era melhor não contar mesmo..talvez eu nem poderia contar a ninguem.
Ele prosseguiu:
-Mas espera lá; fizeram muito bem em não perguntar nadica de nada. Deixa-se ao menos que sonhemos à vontade, que não venham perturbar essa fantasia tão boa. Aliás, vivemos todos de fantasia, você não acha?
Ela sorriu, concordou e logo passou um outro amigo interrompendo:
-Po! desculpe atrapalhar o papo sobre arte, que eu sei que vocês estão falando disso, mas precisamos brindar, pega aqui o copo....
E todos da festa se reuniram para outras conversas, outras risadas, outros brindes.
A noite passou-se com os olhares que ele lançaava sobre ela, e junto com o olhar, o sorriso.
-Você nunca deixa o cabelo solto né? Mas voce é linda de qualquer jeito.
Ambos sabiam o que estava acontecendo, um silêncio no meio de todo aquele barulho. Um raio que se propagava entre todas as distâncias que permaneciam. Ele passou as mâos nos ombros dela, na sombrancelha, em algum momento apertou a coxa dela, meio rapido, meio de supetão, depois ele brincou com os dedos da mão dela enquanto outras pessoas falavam sobre a situação do transito da cidade e tomavam cerveja. Ela quis mostrar os versos que fez pra ele numa outra vez, mas achou que tudo estava muito colorido naquela noite e preferiu guardar pra outro momento.
Ele olhou pra ela com olhos profundos e castanhos, não esperava por aquele comentário, nem tampouco supunha a reaçao que nele causaria logo de imediato. E numa resposta que nem era resposta mas continuação da conversa que ela iniciou, desabafou:
-Eu penso em você às vezes viu? Aliás muitas vezes e fico lá pensando, pensando. Mas logo me vem a realidade a toda, aquelas outras vozes separando as fantasias e aí deixo tudo escapar.
-Eu tive um sonho - imendou ela. - Acordei dizendo teu nome alto e forte e de repente aquela outra voz da realidade também me disse: Ei, mais baixo aí com toda esta sonharia!
Risos. Riram a felicidade do sentimento mútuo. Ela acrescentou:
-Pelo menos não surgiu a pergunta: Mas o que você sonhou exatamente? Ufa, era melhor não contar mesmo..talvez eu nem poderia contar a ninguem.
Ele prosseguiu:
-Mas espera lá; fizeram muito bem em não perguntar nadica de nada. Deixa-se ao menos que sonhemos à vontade, que não venham perturbar essa fantasia tão boa. Aliás, vivemos todos de fantasia, você não acha?
Ela sorriu, concordou e logo passou um outro amigo interrompendo:
-Po! desculpe atrapalhar o papo sobre arte, que eu sei que vocês estão falando disso, mas precisamos brindar, pega aqui o copo....
E todos da festa se reuniram para outras conversas, outras risadas, outros brindes.
A noite passou-se com os olhares que ele lançaava sobre ela, e junto com o olhar, o sorriso.
-Você nunca deixa o cabelo solto né? Mas voce é linda de qualquer jeito.
Ambos sabiam o que estava acontecendo, um silêncio no meio de todo aquele barulho. Um raio que se propagava entre todas as distâncias que permaneciam. Ele passou as mâos nos ombros dela, na sombrancelha, em algum momento apertou a coxa dela, meio rapido, meio de supetão, depois ele brincou com os dedos da mão dela enquanto outras pessoas falavam sobre a situação do transito da cidade e tomavam cerveja. Ela quis mostrar os versos que fez pra ele numa outra vez, mas achou que tudo estava muito colorido naquela noite e preferiu guardar pra outro momento.
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