seria a vez de um encontro que não quer deixar-se encontrar?
todos os anos, pelo menos uma vez, pelo menos duas vezes, aquilo que não se vê quer vir de encontro com aquilo que não se toca. é tudo tão abstrato e ao mesmo tempo tão insuportável.
relendo, se reconhece. em palavras de conforto, de passagem, de partida, de chegada, de intuito revelador, de castigo desonesto. tudo que é possível de se reinventar e não ter coragem. reinvente se esconder no mato, tentando protejê-lo. reinvente cuidar das crianças miseráveis, alimentando-as. reinvente curar os doentes tocando sua música. reinvente acordar às 5h30 para meditar. reinvente sua respiração, sua vontade de se doar, de se tratar, de se amar.
seria amor, ou falta de?
amor não falta, se esconde. de quem. de quê.
nada está pronto. tudo fora do lugar. e se o que estiver pra fora, não couber dentro. seria esse o dilema. não, não seria. não é. não pode ser. o encontro que não quer deixar-se encontrar. "buraco velho tem cobra dentro", o que fica lá fazendo, importunando, impertigando ou só vivendo no escuro. querendo dar o bote, ou só vivendo.
quem sou eu
11.4.13
o que dizer. o que reinventar.
descanso não me serve. só se for de mim mesma, de meus pensamentos, minhas emoções, minha falta de crença, meus medos, minha solidão, minha perturbação. Estão todos unidos, juntos querendo me destruir, arrancar de mim meus cabelos, sombra de mim mesma, cor de pouca aparência. Não podem vencer, não devem. Uma parte de mim pensa que é arte, outra parte é.
o que resgatar. o que jogar.
pausa não adianta. já parei, já voltei. só se for pra nunca mais voltar, pra sentir saudades, pra acreditar que serviu, que foi verdadeiro, que não ocupa mais, que não perturba mais. Serão espíritos maus ou reencarnação não escolhida. será passado, não será futuro. não há de ser.
o que escutar.o que não escutar.
apontar o dedo é tocar na ferida. é mastigar a dor. é esganar o desprezo. ele precisa ser esganado. mas ele geme, se enfurece, se desgarra de si mesmo, cai por algum lugar. despreender-se é aliviar-se, tudo que amarra, sufoca. as opiniões, de si e de outrem também sufocam.
o que rebelar. o que?
descanso não me serve. só se for de mim mesma, de meus pensamentos, minhas emoções, minha falta de crença, meus medos, minha solidão, minha perturbação. Estão todos unidos, juntos querendo me destruir, arrancar de mim meus cabelos, sombra de mim mesma, cor de pouca aparência. Não podem vencer, não devem. Uma parte de mim pensa que é arte, outra parte é.
o que resgatar. o que jogar.
pausa não adianta. já parei, já voltei. só se for pra nunca mais voltar, pra sentir saudades, pra acreditar que serviu, que foi verdadeiro, que não ocupa mais, que não perturba mais. Serão espíritos maus ou reencarnação não escolhida. será passado, não será futuro. não há de ser.
o que escutar.o que não escutar.
apontar o dedo é tocar na ferida. é mastigar a dor. é esganar o desprezo. ele precisa ser esganado. mas ele geme, se enfurece, se desgarra de si mesmo, cai por algum lugar. despreender-se é aliviar-se, tudo que amarra, sufoca. as opiniões, de si e de outrem também sufocam.
o que rebelar. o que?
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