quem sou eu

8.11.06

sorriso no queixo



olha pra si mesma e entende que sua escolha se revela a cada dia sem mistério, vai cativando os espaços e os laços afetivos sem receios, olha pra seu coraçao e sente a tenra simplicidade de estar consigo mesma, sem dilemas nem dores nem tristeza...harmonia equilibrando a mente. hegemonia de passos confiantes, curiosos, incessantes, querem descobrir o mundo, abrir as cortinas, saltear pelo palco que se estende diante dos pés.

No entardecer revela sua graça, sorri como se o mundo a fotografasse, como se seus pensamentos flutuassem no oceano de memórias lentas, um véu vespertino que se desfaz com a escuridão do céu pré-invernal. De noite, as estrelas são pequeníssimos brilhos reluzentes, se a lua cresce, é ela que reina no infinito absoluto, fria, intensa, clara como um diamante. Se a noite esfria, são as nuvens em fumaça que vêm embranquecer a cidade e suas vielas, tudo é nebuloso e quem está no meio dela passa despercebido, um olhar só cruza o outro quando realmente se aproxima, senão a sombra passa, longe, indistinguível, mas real.

De manhã faz preguiça, sente da janela a luz amarela, gosta de pensar que é mais um dia de outono com folhas marrons e avermelhadas soprando no jardim, tempo de colheita de olivas, muitas delas pelo caminho que perfaz perto dos bosques. Depois as encontra no prato, acrescentando sabor, beleza e aroma no alimento fresco, apenas servido, em fumaça ainda, cheirosa.

Seus olhos assistem a tudo, calma e docemente.

Um comentário:

Anônimo disse...

julia reyes fotografa!!
www.novedecopas.blogspot.com