quem sou eu

12.6.09

As grades

Da janela do teu
quarto aproximei-me
como um raio de sol
aquecido de calor.
Da janela avistei tua
cama e sobre ela
tu estavas, semi-nua
com olhos de alguém
que deseja.
Da janela podia
ver-te distante
no teu prazer incondicional
Teu semblante gemia euforicamente
Meu olhar da janela
refletia minha impossibilidade
de atravessar as grades
Minhas mãos seguravam firme
cada barra de ferro gelada
Da janela afastei-me,
tudo me escureceu.
Luz retida
nos confins de mim.
Tudo a observar
sozinho eu.

Um comentário:

Fernanda S. disse...

Querida!!!
Que lindo poema... fazia mto tempo mesmo que eu não passava por aqui!
Saudade de vc!!!

Beijosss