Alegrias de um voo noturno, desenhos, filme, sono, coberta, ar condicionado.
Conexão em outra cidade, "Já chegamos mamãe?" - "Nao ainda pegaremos outro avião" .
Na espera, tira a meia e o tênis, come banana e ri.
A chegada foi diferente, não pudemos ir pra casa, nos instalamos no hotel, 10 dias de quarentena, num quarto, nós três juntos, inventando brincadeiras, pulando na cama, mergulhando na banheira espumante, dançando nos espaços estreitos do quarto, fazendo careta pros espelhos, inventando bonecos de papelão, estendendo a playlist do Spotify, “Toma um banho de lua”, entrou.
A chegada em casa sempre acalma e inquieta. A mente se agita, busca memórias, faz perguntas, se cansa mas o corpo quer descansar. Ela brincou com as bonecas Matrioska, tira todas, recoloca, tira, recoloca. Reviu Toby, Bidu, ursinho Puff e sua bebe. Brincou, brincou até querer colo, pedir vovó, mamá, se cansar e dormir.
O clima traz a sensação de que não há novidade, tudo sempre meio brando. Vitória não está mais por aqui, isso é novo e bem vazio. Luara pergunta dela ao olhar da janela, ao passear na rua, ao vestir roupas que ganhou dela. Como será viver sem minha melhor amiga e companheira?
Seguimos no curso das emoções, sou mãe, quero o melhor pra minha filha, seria o melhor de mim o suficiente pra ela?
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